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domingo, 21 de junho de 2009

Como não poderia deixar de ser, algumas palavras sobre Barack Obama...(Postado no Banheiro Feminino em Maio)

Esses dias, conversando com minha família sobre Darfur, comentei que me emocionei com o ato de Barack Obama, ao participar da campanha humanitária “24 horas por Darfur” (acesse: http://www.24hoursfordarfur.org/main.php). Essa campanha pretende montar um grande vídeo com os apelos de pessoas de todo o mundo pelo fim do genocídio em Darfur, região oeste do Sudão. Para isso, qualquer pessoa pode criar uma pequena gravação, com uma webcam, falando o que pensa sobre essa desumanidade e enviar pelo site já citado. Pois bem, uma das pessoas que registrou seu apelo foi o Presidente da maior potência mundial, Barack Obama. Na conversa que tive ontem, vieram à tona questionamentos que seriam feitos por muitas pessoas: se estamos falando do Presidente da maior potência mundial, por que sua única atitude com relação a esse conflito na África foi fazer um pequeno vídeo, como uma “pessoa comum”? Isso não foi uma demonstração de covardia, falta da postura enérgica que um verdadeiro líder dos Estados Unidos deveria ter? Além disso, um simples vídeo vai salvar as milhares de pessoas em situação de risco em Darfur? Dizer o que pensa sobre as atrocidades e divulgar ao mundo através da internet, irá mudar alguma coisa?
Pois eu digo que sim. Conscientização, essa é a mão que nos levará ao fim da miséria, do descaso, das desigualdades e outras realidades que barram a evolução da humanidade. Conscientização.
Barack Obama, como Presidente dos EUA, poderia sim reunir as Forças Armadas americanas e, em um grande ato imperialista, acabar com o conflito e reconstruir toda a sociedade, não só em Darfur, mas do mundo inteiro. Mas só quem hibernou nos últimos sete anos poderia achar que um bombardeio, invasão, ou talvez o enforcamento do líder de um país seria a solução (pasmem). Barack Obama fez, nesses 100 dias de governo (o que é muito pouco tempo), o melhor que poderia ter feito: mostrar claramente o que pensa. Porque para promover as mudanças é preciso primeiro conscientizar. Se isso fosse feito no Brasil, muitas melhorias seriam recebidas pelas pessoas de uma forma diferente.
Barack Obama gravou o vídeo classificando o conflito como genocídio e chamando as pessoas a fazerem o possível para ajudar Darfur. Dessa forma, ele se posicionou contra essa guerra e, clamando ajuda, demonstrou que não é “o justiceiro”, ou o único responsável por acabar com as crueldades do mundo. Todos nós somos igualmente responsáveis pelo conformismo e pela perpetuação das injustiças e desigualdades. Da mesma forma, está na mão de todos a possibilidade de transformar as coisas.
Mas como? Eu não tenho dinheiro para doar! Eu não posso me juntar a uma ONG e partir para a África!
Eu também não poderia fazer isso. Mas isso não quer dizer que estamos autorizados a sentar no sofá e ver a novela. Trabalhar na linha de frente, em uma ONG, não é o único caminho. Assim como Barack Obama, nós podemos dizer o que pensamos e com o que não concordamos, pois isso irá trazer idéias para quem ouve. É uma rede. E quando se forma uma rede de pessoas, dispostas a expressar sua opinião contrária ao que está acontecendo, surge o verdadeiro poder de transformar. Quando todos tiverem consciência da miséria e das desigualdades, não só na África (você sabia que 84% da população de Campos Lindos – TO vive na linha da pobreza? Isso são aproximadamente 6400 pessoas) a comoção pública vai surgir, e moldar uma nova “Ordem Mundial”. Isso é otimismo utópico? Não. Isso é conscientização. O pessimismo é um ótimo disfarce para a acomodação, afinal, para que votar se todo mundo é corrupto?
A voz também é uma atitude. Temos acesso a inúmeros meios de comunicação (blog, Orkut, rádio, email, etc.). O que você acha de, além de usar esses canais para se divertir, utilizá-los para falar sobre as coisas que você acha que deveriam mudar ao nosso redor? Leia, informe-se. A internet traz muitas coisas que precisamos saber (outras não). Abra os olhos para o mundo e pergunte-se por quê. Fale, discuta, conte para as pessoas que você se importa. Conscientize-se e conscientize. Faça como Barack Obama, estimule a consciência pública para que as transformações possam acontecer. Segue um vídeo do U2 (não será o último dessa banda que vou postar aqui, pois sou muito fã) em um show que aconteceu no período de governo da “mente brilhante” George W. Bush. Os tempos são outros, ainda bem, mas o que foi falado se aplica a qualquer tempo. Pois, para mudar as coisas, ninguém quer o seu dinheiro, só é preciso a sua voz.

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