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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mitos & Músicas

Muitas teorias envolvem o mito musical, onde surgiu, quando surgiu, quem (que povo) inventou?  Alguns trazem fundamento substancial e outros, nem um pouco.
Vamos viajar nesta ideia então, O que faz um mito “Ser um Mito”?


 Pelos caminhos sombrios e fascinantes da floresta, muito distante dos esplêndidos raios de luz do deus Apolo, a ninfa Dríope deu à luz a uma criança que jamais vira igual antes. 
Na cabeça, o infante tinha pequenos chifre e as pernas assemelhavam-se às de um bode. Seu rosto era humano, porém seu corpo era todo revestido por pelos grossos e negros. As ninfas que representavam o que hoje chamamos de fadas, eram pequeninas criaturas, aladas, delicadas, com corpo de mulher e muito belas. Viviam nos campos, bosques =, rios e montanhas. Possuíam poucos poderes, eis porque eram consideradas divindades inferiores às deusas. 
Dríope, assim que o viu, apossou-se de pavor. E então, disse-lhe estarrecida: - “os deuses que me perdoem, mas uma criatura dessas nem mesmo uma mãe é capaz de amar.” E logo que disse tais palavras, sumiu pela floresta, abandonando o filho à própria sorte. Alguns dias depois, o pai, Hermes (deus mensageiro e protetor dos viajantes e das estradas) com seu elmo e sandálias aladas que o ajudavam a voar como o vento, o encontrou. 
Hermes então mal-disse: - “Que coração mais duro e frio daquela bela ninfa!” -  Disse ele indignado.
- “Como tal bela criatura pode ter um coração tão frio!” 

E então Hermes disse a pobre criança: - "Daqui pra frente, você ficará sob minha guarda no Olimpo, junto dos deuses". 
E foi recolhendo o seu filho, levando-o diretamente para o Olimpo para compartilhar da companhia dos deuses. 
Mas que grande susto foi para todos quando olharam para aquele estranho ser. 
A princípio, o pequeno deus foi recebido com espanto e ironia. Mas, com passar do tempo, a estranha criatura se revelava um ser portador de um precioso dom: o de fazer rir. 
O humor foi a primeira arte de Pan. Até Zeus , deus dos deuses, se regozijava pois Pan mantinha a todos no Olimpo muito bem-humorados. 
E, por tal motivo por serem muitos os dons de Pan, resolveram chamá-lo assim, que em grego quer dizer tudo. 
As vezes, Pan desaparecia do Olimpo e ia para as matas e montanhas divertir seus amigos. Ele gostava de assustar caçadores que ameaçavam a paz da floresta. Sempre muito alegre e festeiro adorava a companhia das ninfas. 
Esperava encontrar entre elas, um grande amor... E brincava com elas ao dizer: 
- Hoje vim para escolher minha futura esposa! Podem disputar-me à vontade. 
- Eu espero! dizia Pan bancando o bonitão... e as ninfas morrendo de rir se escondiam dele... 
Porém, um destas ninfas, realmente não gostava de tais brincadeiras. Sempre que era possível fugia dele. E foi justamente por esta ninfa que deus Pan enlouqueceu de paixão... 
- Case-se comigo, Siringe (uma belíssima ninfa que vivia nas montanhas da Arcádia, sempre cercada por admiradores), implorava Pan. 
Serás a mulher mais feliz deste mundo! Implorava Pan de joelhos... Exclamava em revoltada resposta, Siringe: - Só isto que me ofereces? Bela recompensa por casar-se com um monstro! Respondeu ríspida a Pan, fugindo mais uma vez dele. 
Então, Pan se irritou com tamanha grosseria e disse-lhe que não lhe daria mais escolha, serás minha mulher e pronto! Falou ofendido, já saltando para agarra-la. 
Siringe gritava que jamais seria dele e desatou a fugir em disparada carreira para dentro da floresta. 
Mas Pan a perseguia incansável sem tréguas, mas Siringe era muito ágil e sumia subitamente. 
Mas as árvores que tinham por Pan um grande carinho sempre lhe indicavam o caminho para achar Siringe. 
Brandia Pan: - De nada adiantará esconder-se. Todos na floresta são meus amigos e me contarão onde você está. Afinal, a floresta fora mesmo o seu primeiro berço... 
Até que acabou por parar as margens do rio Ladão, só então percebeu que estava sem saída. E quase sem fôlego, pediu socorro ao deus do rio Ladão: - Oh poderoso e grande rio, ajudai-me a fugir das mãos de Pan, ele está louco! 
Ladão comovido pelo transtorno da ninfa transformou-a em caniços finos no brejo, pois fora à única idéia que lhe ocorreu... 
Pan não se conformou com o que viu. Aproximou-se de Ladão e observou tristonho o que restou de sua bela amada Siringe.
-Não pense que se livrará de mim é tão fácil! Gritou ele, arrancando violentamente os caniços e levando-os aos lábios, imaginando beijar Siringe. Foi quando soltou então um longo suspiro e, para sua surpresa, daquela planta “mirrada” ecoou uma harmoniosa melodia... 
Ele acabara de descobrir e inventar a flauta agreste e os orifícios tinham sido feitos no momento de fúria e decepção por ter perdido seu grande amor. 
Até mesmo depois de deixar a forma de ninfa, Siringe continuava bela e encantadora.... 
Então a música surgira inspirada no amor.... 
E então mais um dom se acrescia aos já existentes de Pan, agora também era um excelente músico. 
E foi graças as suas belas músicas que Pan conquistou o coração da linda ninfa Eco.
Ele mal podia acreditar. Nunca uma mulher havia se apaixonado por ele! Ele estava maravilhado! 
Nem sua aparência impediu tal romance. 
Mas Eco enxergava a vivacidade e alegria de Pan como qualidades absolutamente encantadoras e sedutoras. 
Pan era deus dos pastores e dos rebanhos, tinha a aparência ao mesmo tempo humana e animal dos sátiros e silenos(eram estranhas divindades campestres). 
Pan era filho de Hermes e herdara dele a malícia e vivia escondido pelos canto dos bosques, ele se divertia assustando os homens e mulheres que passavam.

Eis o mito. E o seu, qual é!