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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Novo tratamento da AIDS: Será a cura?

Hoje li uma notícia que me emocionou. Cientistas Israelenses (Universidade Hebraica de Jerusalém) desenvolveram um tratamento capaz de provocar a autodestruição das células infectadas pelo vírus da AIDS, sem destruir as células sãs. Ao contrário de outros tratamentos, em que o vírus retornava à ativa após alguns dias, caso fosse interrompida a utilização da medicação, já se passaram duas semanas e o vírus não se manifestou, o que faz os cientistas acreditarem que o vírus foi definitivamente destruído.

Fui inevitavelmente tomada de uma onda de esperança. Será que nossa geração presenciará a cura do vírus da AIDS? Será que veremos o fim dessa doença que provoca a dor e o preconceito, e na maioria das vezes o fim da vida social e profissional? Será?

Se esse tratamento se confirmar como “a cura”, ainda teremos que esperar para ver qual será a postura da Indústria Farmacêutica e dos governantes. O tratamento precisa ser disponibilizado aos governos de todo o mundo, afinal, a AIDS está mais presente entre a população mais pobre. E a África? Estima-se que no continente Africano, 60% da população esteja infectada pelo vírus HIV. Será que a ONU e as grandes potências irão se unir para salvar a população africana e financiar o tratamento?

Tá ok, não precisa fazer aquele sorriso sarcástico. Provavelmente você está pensando: se desde já, poderiam ser tomadas atitudes para resolver outros tantos problemas terríveis na África (o genocídio em Darfur, as guerras civis, a fome que assola tantos países) porque iriam fazer alguma coisa com relação à AIDS? A situação da África é uma vergonha para o mundo inteiro. Mas ela seria assunto para um outro post, apesar de não ter como deixar de citá-la quando se fala em responsabilidade mundial que grandes potências deveriam ter (principalmente as colonizadoras) e vírus HIV.
É mais interessante aos EUA, por exemplo, ter uma postura intervencionista e “devolver a liberdade ao povo” quando estamos falando de Iraque, lógico. Agora, África? Para quê se envolver? É preciso respeitar a soberania e independência dos povos, cada um com seus problemas!
Claro, não só os EUA têm que pagar o pato pelo caos africano, mas também os países europeus que colaboraram com isso.

Bom, antes que me empolgue demais e perca o foco totalmente, quero declarar minha felicidade por essa descoberta dos cientistas Israelenses, sem pensar no que vem depois. Fico na torcida que esse tratamento seja realmente a cura definitiva para essa doença que marcou tantas gerações. Esperançosa incorrigível, estou com aquela cara de boba, com o sentimento renovado de que as coisas vão mudar, e que já estão mudando.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Retirada das Tropas Americanas do Iraque

Hoje é o “Dia Internacional do Fiasco Americano”. Finalmente, depois de 7 anos de guerra, acontece um ato mais sério de retirada das tropas americanas do Iraque. Lembro como se fosse hoje daquela invasão absurda, em 20/03/2003. Fiquei paralisada olhando aquelas bombas na televisão e o céu de Bagdá com clarões aterrorizantes. Essa grande guerra, já idealizada por alguns muito antes de 2001, ganhou apoio nacional após uma febre anti-terror que tomou conta dos americanos com a queda das Torres Gêmeas (11/09/2001). A neurose americana deixou o mundo perplexo, assistindo a perseguição a imigrantes descendentes de muçulmanos e o grande projeto imperialista de aniquilação e exploração do Iraque, segunda maior reserva de petróleo mundial. Bush só precisava de um clima histérico e aterrador para impulsionar o sonho de invasão, e 11 de setembro era o cenário perfeito.
Daí seguiram fatos bizarros, que parecem ter ocorrido há dois séculos atrás, e não nessa última década. O Conselho de Segurança da ONU se declara contra à invasão do Iraque. Mas que diferença faz ser contrário aos EUA? Os EUA mandam o Conselho de Segurança da ONU plantar batatas, declaram sua inutilidade perante o mundo e invadem o Iraque, capturando Saddam Russein. Saddan é preso, julgado e enforcado em 2006.
Exatamente, enforcado. Não entendo como essa execução à moda “arena romana” ainda não foi considerada a maior vergonha dos Estados Unidos. E não engulo o argumento de que ele era um ditador cruel, assassino, etc.. Que ele era um maluco todo mundo sabe, o cara até achava que era a reencarnação de Nabucodonosor II. Agora, quem patrocinou durante muitos anos esse “homem cruel, sanguinário blá blá blá” foi os EUA, não esqueçam disso. Quem iniciou uma guerra que deixa um saldo (pelo menos o saldo divulgado) de 4.700 militares estrangeiros mortos, 100 mil civis iraquianos é o quê? O libertador do Iraque, como foi batizada essa operação em 2003? Quem permitiu o enforcamento e começou todo esse terror deixa Saddam parecendo a Branca de Neve.
É lógico que essa história não acaba por aí. A perda nessa palhaçada toda está nas mortes contabilizadas. Mas o ganho norte americano certamente ocorreu, afinal foram 7 anos para que pudessem ser realizadas todas os negociatas imagináveis com o petróleo Iraquiano. Mas isso fica nos bastidores e, quem sabe um dia, caia nas graças do Wikileaks.
Seguimos acompanhando as cenas dos próximos capítulos da novela do Tio Sam. O mínimo que deveria acontecer é os EUA se responsabilizarem por toda essa bagunça e ampararem os refugiados dessa guerra.

Quem quiser ver dois filmes fantásticos sobre o tema segue a sugestão: 

“Fahrenheit 9/11” (2004), de Michael Moore, estrelado por ele mesmo. Filme já antigo mas genial.
“Green Zone” (2010), de Brian Helgeland, estrelado por Matt Damon. Filme novíssimo, que aborda o momento da invasão do Iraque, em que qualquer motivo insignificante é o estopim necessário para a deflagração da guerra. Filme inteligente e com uma moralzinha anti Tio Sam, bem bacana.