Desculpem a breve ausência. Há momentos em que tenho que deixar meu “eu blogueiro” de castigo por uns dias. As vezes esse “recesso” é angustiante, pois a vida, as notícias (e o Congresso Nacional) não param. Mas algumas vezes uns aspectos da vida precisam de mais dedicação que outros. Volto, coincidentemente, para falar de um regresso. Mas esse regresso é muito mais entusiasmante, e deixou essa humilde blogueira extremamente grata. Não sei se todos acompanharam, mas o penúltimo post de José Saramago, em seu blog O Caderno de Saramago, intitula-se “Despedida”. E não pude evitar a melancolia quando li o trecho: “Adeus, portanto. Até outro dia? Sinceramente, não creio”.
É por uma causa nobre. Saramago está começando outro livro. Mas de qualquer forma essa notícia não preenche um certo vazio que ficará até a publicação de sua nova obra.
Porém, ontem, 11 de setembro, encontro, como uma doce surpresa o post “O regresso”. O texto de Saramago refere-se ao retorno dos restos mortais de Jorge de Sena à Portugal, sua terra natal. Jorge de Sena foi um dos escritores de maior inspiração e mais intelectualizados durante a ditadura salazarista, o que acarretou-lhe a perseguição política e o exílio. Esse importante regresso de Jorge de Sena provocou o breve regresso do nosso blogueiro, José Saramago. Espero que ele retorne mais vezes ao lugar que, como ele mesmo diz “onde mais a gosto pode expressar-se...”
