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sábado, 23 de julho de 2011

Depois da Cracolândia, qual é o próximo passo?


Ontem foi instalada uma Santa na Cracolândia de São Paulo, centro da cidade, pelo artista plástico e fotógrafo Zarella Neto, que nasceu e cresceu no bairro. Segundo ele, a Santa foi instalada naquele local, para ser democratizada. Em suas palavras, “Ninguém enxerga essas pessoas. Elas merecem proteção. Sou cristão e a santa é do povo.” (Fonte: Folha)
Pois bem, não é que, hoje mesmo, usuários de crack quebraram e santa, deixando apenas a lâmpada que a iluminava? Segundo informações, foi quebrada pelos usuários da droga incomodados pela repercussão da obra no local e o intenso acesso da imprensa.
Faz sentido, afinal, fumar crack com um bando de jornalistas do lado deve ser desconfortável, concorda? Além disso, os usuários podem muito bem, através desse ato, ter dito à opinião pública que estão se lixando para a proteção da Santa, pois no calor do vício, o bicho pega, e não é Santa que irá por um fim nessa verdadeira epidemia. E é aí que quero chegar, na transformação do uso de crack, oxy, etc., em uma epidemia trágica.
No passado circulavam por aí drogas que degradavam aos poucos e ao longo do uso, destruíam famílias, transformavam uma pessoa com potenciais infinitos, pensantes, etc., em um meio-ser humano. Agora temos drogas que provocam lesões irreversíveis ao cérebro, debilidade de todos os órgãos, corrosão do sistema respiratório, enjôo e diarréia muito intensa já no início do consumo. No caso do Oxi, a morte pode ocorrer em menos de 2 anos, pelo enfraquecimento completo do corpo. O crack é composto de éter, acetona e bicarbonato de sódio. O oxi, até onde se sabe, de gasolina, querosene e cal virgem.
A minha pergunta é: O que a Sra. Dilma Roussef e os Governantes estaduais têm a dizer sobre essa legião de viciados e de mortos pelas drogas? Quando essa questão vai ser encarada com o devido respeito? Como podemos aceitar a existência de tantas cracolândias em um país em pleno desenvolvimento econômico? Existem na presidência, 33 MINISTÉRIOS. Exatamente. Será que algum desses 33 ilustres ministros (alguns nem tão ilustres, a exemplo do  escândadalo do Ministério dos Tranportes) não poderia fazer algo efetivo pelo uso de drogas desenfreado no Brasil?
Por que ainda não foram destinadas verbas para a construção de hospitais exclusivos para dependentes e contratação massiva de profissionais da saúde preparados para remover as pessoas das cracolândias e conduzi-las para a tentativa de reabilitação? Por que não se buscou ainda um plano nacional de tratamento de dependentes químicos, buscando informações aqui e no exterior para retirar as pessoas desse abismo em que estão?
Uma hora vamos ter que lidar com isso, talvez quando o número de jovens do nosso país diminuir tanto a ponto de não termos mais certeza sobre a continuidade da nossa identidade brasileira.
Você tem informações, notícias e idéias sobre como os dependentes químicos estão sendo tratados aqui no Brasil ou no exterior? Na sua cidade algo está sendo feito? De que forma você acha que o governo poderia se responsabilizar por esse caos que nossa sociedade enfrenta?