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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Para entender o que acontece em Honduras...


Como entender o que está acontecendo em Honduras? Quem ganha com a deposição do presidente Manuel Zelaya (apelidado por seus admiradores de “Mel”)? Como entender as posições dos principais países americanos acerca do caso? Para responder a essas perguntas e aprofundar a análise é imprescindível remeter a uma breve história de Honduras, entender de que forma Zelaya chegou ao poder, e o contexto político da época de sua deposição.

Honduras foi por muito tempo o que se convencionou chamar, pejorativamente, de “república bananeira”, um país pobre, onde a economia estaria dominada pela produção de monocultura (da banana, no caso) e pela concentração de terras nas mãos de elites submetidas aos interesses estrangeiros. Neste contexto, depreende-se, claro, a maioria da população estava afastada do sistema político. Durante o período da Guerra Fria, por exemplo, Honduras funcionou como base para operações do exército estadunidense contra a revolução de cunho socialista que se iniciara na vizinha Nicarágua, em 1979. Pode se imaginar que qualquer estabilidade política e a presença de valores democráticos neste país dependeriam, em última instância, dos interesses dos EUA. Assim, os golpes tiveram presença marcante na história do país, pois era interessante a Washington a descontinuidade de projetos políticos populares consistentes no país. Tantos foram as derrubadas de governos que a capital, Tegucigalpa, ficou conhecida como Tegucigolpe.

Contudo, a eleição do candidato do Partido Liberal, Manuel Zelaya, em 2005, foi a resposta da população às consecutivas administrações corruptas e subordinadas aos interesses estrangeiros. As propostas de Zelaya atendiam aos interesses da população mais pobre e visavam a resolução dos problemas da combalida economia nacional hondurenha, haja vista que Honduras é o terceiro país mais pobre do nosso continente. Por óbvio, essas mudanças desagradaram as elites conservadoras nacionais e também o então governo estadunidense de George Bush Júnior, que via o surgimento de mais um país identificado com ideais “de esquerda” na América Latina (ao lado de Venezuela, Equador, Paraguai, e outros).

Pois bem, o que, então, causou sua deposição e exílio? O estopim para que as demais forças políticas hondurenhas depusessem Zelaya foi seu intento de consultar a população para mudanças constitucionais, através da eleição de uma Assembléia Constituinte. Os opositores, contudo, entenderam se tratar de tentativa de manipulação do governo para inserir na nova e futura Carta a possibilidade de sua reeleição (a atual Constituição não permite reeleições). Assim, o golpe se deu, Zelaya foi preso, deposto e deportado. Em seu lugar assumiu o presidente do Congresso Nacional, Roberto Micheletti. Desde então, Zelaya, com apoio internacional, tenta retornar ao cargo, mas até o momento seus esforços foram infrutíferos.

A reação da comunidade internacional à deposição de Zelaya foi de unanimidade na sua condenação. Todos os países e instituições mundiais foram claros sobre a impropriedade do ato e, em coro, exigiram a volta do presidente eleito ao cargo. A Venezuela de Chaves foi a mais contundente em suas críticas e ameaçou intervir militarmente em Honduras contra o governo de Micheletti. A postura de Hugo Chaves se deve ao fato de Zelaya ser seu aliado político no continente e também à participação de Honduras na ALBA - Aliança Bolivariana para as Américas - bloco internacional da qual Chaves é um dos idealizadores, juntamente com Fidel Castro, de Cuba. O governo de Barak Obama, por seu turno, igualmente condena o golpe, mas utiliza apenas recursos diplomáticos para tal, pouco se envolvendo diretamente na situação. Isto porque há setores conservadores estadunidenses (ligados ao partido republicano) muito contentes com a reviravolta em Honduras e, neste caso, o apoio explícito de Obama a Zelaya poderia se reverter em crise interna nos EUA, opondo ainda mais o partido do governo (democratas) e os opositores (republicanos).

A volta de Zelaya só será possível, creio, através de intervenção armada externa, em uma espécie de contragolpe. Isto porque os grupos políticos hondurenhos que o apoiavam mudaram de lado, inclusive seu próprio partido. E também porque todas as tentativas de negociação para a restituição do poder a Zelaya, mediadas pela OEA (Organização dos Estados Americanos) e pelos líderes dos países vizinhos, como a Costa Rica, fracassaram e com o passar do tempo a situação se torna cada vez mais complicada para o líder deposto.

O golpe em Honduras mostra como a democracia é uma realidade ainda frágil no continente americano. Deixa claro que quando se trata de promover reformas sociais e políticas tão necessárias para grande parte da população, há ainda interesses obstantes fortes e organizados, pouco identificados com idéias de participação e decisão popular. Portanto, para quem considerava vivermos em novos tempos de paz, liberdade e igualdade política, fica como lição o golpe hondurenho, talvez não o último que tenhamos visto no continente.

Para saber mais:

Artigos sobre Honduras no Boletim MUNDORAMA, um veículo destinado exclusivamente ao debate de temas da agenda internacional: http://mundorama.net/

Influenza A

O que se esconde atrás da influenza A?
A história começa assim...
Donald Rumsfeld, ex-secretário de Estado da Defesa dos EUA (Era Bush) é o presidente e o principal acionista da empresa Da Gilead Sciences Inc, esta que vendeu a patente do Tamiflu aos laboratório Roche em 1996.
Foram os laboratórios norte americanos que anunciaram a eficácia do Tamiflu como remédio preventivo para a gripe A. Mas uma coisa é certa, esse remédio apenas alivia os sintomas da gripe comum e ainda por cima, parte da comunidade científica tem dúvidas sobre o seu resultado no quesito: eficácia!!!(?)
Outra questão importante: de onde vem o principal material do Tamiflu? Vem de uma planta chamada “anis estrelado”, por isso a farmacêutica Roche tratou de adquirir 90% da produção mundial dessa planta - que meigos sempre pensando no bem da humanidade.
Na época da gripe aviária o Tamiflu também era o remédio utilizado - por que será?- e as vendas desse remédio passaram de 254 milhões em 2004 para mais de um bilhão em 2005. Imaginem quanto a empresa Farmacêutica que possui a patente irá arrecadar nesses próximos meses???
Já estava esquecendo de citar que Rumsfeld enquanto fez parte da administração Bush foi quem criou o processo das armas biológicas e do antrax, relacionado com o 11 de setembro, que foi o tiro de largada para a invasão no Iraque.
Façam suas apostas, pois eu aposto que o filme Jardineiro Fiel não é apenas um filme.
Se você juntar as palavras pros com peram perceberá o que está acontecendo - economicamente falando- com esses políticos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Orla do Guaíba

Sou contra a construção de prédios residenciais na Orla do Guaíba. Acredito que quando o primeiro prédio estiver começando a ser construido várias plantas surgirão com o carimbo: Aprovado! Mas isso é uma questão de opinião e cada um tem a sua (?) portanto, decidiremos isso no Referendo do Estaleiro... Sério? Será? Talvez? Capaz? Aff!

Se chover, o evento será no interior da Usina.

É SÓ TER FÉ....



Diz o velho ditado popular:
“quem tem fé, vê”. Uns tem fé demais outros fé de menos,
Para todos aqueles que tiveram “fé demais” e acreditaram o Sr Mike Patton resolveu atender as orações, e no final do ano de 2008 o faith no more se reuniu novamente pra relembrar velhos e bons tempos. E não é que eles ainda estavam em forma depois de, aproximadamente, 10 anos sem tocarem juntos? Então por que não levar isso aos palcos de novo?!! Feitoooo , estavam atendidos os pedidos de todos que queria ver o faith no more ao vivo novamente!
O texto a seguir foi publicado no site oficial do FAITH NO MORE:

"O FAITH NO MORE sempre se destacou como uma espécie única de besta; parte cão, parte gato. A sua música era quase tão esquizofrênica quanto as personalidades de seus integrantes. Quando funcionou, funcionou muito bem, mesmo que a química tenha sido sempre volátil.
Ao longo de 17 anos de nossa existência, a parte mental
física e energética necessária para sustentar esta criatura foi implacável para o desfecho da história. Embora o fim tenha sido amigável, quando finalmente livres, todos seguiram caminhos para extremos opostos dentro do universo.
Nos 10 anos que se passaram desde a nossa decisão de acabar com a banda, constantes rumores ocorreram, além dos pedidos dos fãs e promotores em geral. Mesmo assim, por qualquer razão que seja, nenhum de nós manteve contato frequente, muito menos para discutir as possibilidades de voltar a tocar juntos.
O que mudou, foi que neste ano (2008), pela primeira vez, todos nós decidimos sentar juntos e conversar sobre essa possibilidade.
E o que nós descobrimos é que o tempo nos proporcionou distância suficiente para poder olhar para trás, e enxergar todos esses nossos anos juntos através de uma lente mais clara, e que nos fez perceber que apesar de todo o trabalho duro, a música ainda soa bem, e estamos começando a apreciar o fato de nós podermos fazer algo realmente certo”.

O que realmente impulsionou a banda a voltar?
-Foi o tempo longe que trouxe maturidade a idéia?
-Foi a onda das velhas bandas voltando?
- os bolsos secaram?
Bom, na realidade, pouco importa os reais motivos, o importante é que veremos novamente o legado do FNM (Faith No More) ser representado nos palcos do mundo, talvez não com a mesma energia do que quando surgiram em meados de 1982 , quando o grupo surgiu das cinzas do FAITH NO MAN , mas enfim o tempo não perdoa mesmo, não é Mr Patton? (27/01/1968).
Pra quem lembra, o FNM teve passagem significativa pelo Brasil nos anos 90 com massiva reprodução da música “epic” (pelas rádios e pela MTV) marcando o começa da era FUNK ROCK misturando a batida do verdadeiro funk com o peso das guitarras distorcidas e pelo mundo afora inspiraram outras bandas que seguem o mesmo estilo (Linkin Park, Red Hot Chili Peppers, etc).

Faith no More (ainda) é: Mike Bordin, Roddy Bottum, Bill Gould, Jon Hudson e Mike Patton

Já esta divulgada no site oficial (http://www.fnm.com) que o novo tour do FNM vai passar pela tera “de los hermanos argentinos”, não seria nada mal o Mr Mike Patton e sua trupe darem as caras pelas terras tupiniquins também.
Por hora ficamos com o vídeo da “epic” capturado do “LIVE DOWNLOAD FESTVAL 2009”, este ano a abertura do festival ficou por conta do FNM!




I hope you enjoy !




domingo, 26 de julho de 2009

Mortalidade dos jovens brasileiros: A Corrupção determina o futuro do nosso país.


Segundo o IHA (Índice de Homicídios na Adolescência), divulgado na última terça-feira, 21/07, pelo governo federal, Unicef e Observatório de Favelas, a cada mil jovens que completam 12 anos no Brasil, 2,03 morrerão por homicídio antes de chegar aos 19 anos. É um dado alarmante! Zapeando os jornais, li, no mesmo dia na Zero Hora, uma declaração do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que afirma que os investimentos do governo federal estão se direcionando para promover a redução da violência e a diminuição das mortes entre jovens. Contudo (para acalmar minha raiva matinal) reconheceu que, realmente, faltam políticas públicas para a Redução da violência. Relatou que o governo está realizando ações voltadas para a educação e recuperação de áreas de risco, particularmente com a implementação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para recuperar áreas vulneráveis. Ainda, disse que esses dados mostram cada vez mais a importância de impulsionar o crescimento econômico do país, pois só assim veremos os jovens inseridos no mercado de trabalho e longe da criminalidade.

Belo discurso, presidente. Mas agora eu pergunto, o que tenho certeza que muitos gostariam de perguntar: Como o seu governo irá implementar o crescimento econômico, se existem 663 atos secretos (ops, desculpe, depois de todo o teatro, diminuíram para 511!), que concederam inúmeras vantagens e vultosos salários à centenas de “premiados” que não tem a menos consciência do que é ser brasileiro? Como promover o desenvolvimento desse país, se o dinheiro que entra por um lado (povo) sai pelo outro (deputados, senadores e membros do executivo), para compra de castelos de R$ 25 milhões*?? Como resolver de uma vez por todas a fome que ainda é a realidade de algumas regiões brasileiras, se o dinheiro que poderia ser destinado à retirada das nossas crianças da linha da subnutrição foi usado por Agaciel Maia, para compra de sua casa de R$ 5 milhões? Como vamos finalmente mudar essa ladainha e a cara desse país para o mundo todo, se todo o santo mês, cada Senador recebe de verba indenizatória, ou seja, totalmente fora do seu subsídio (salário), a importância de R$ 15.000,00?? isso mesmo, 15 mil por mês, mais o subsídio (salário)! Essa verba seria para gastar com combustível e despesas nos Estados, porque teoricamente os Senadores teriam que ir aos seus Estados de origem, que o elegeram, e identificar as maiores dificuldades da região, podendo assim realizar importantes projetos de lei. Mas sabe o que acontece na prática? Todos os meses, Fernando Collor gasta em torno de R$ 10.000,00 com a empresa Cintel Service, que presta serviços de segurança, limpeza e conservação. Todo o cuidado é pouco com a Casa da Dinda! Sarney, mês de junho, pagou R$ 8.600,00 da verba indenizatória para organizar seu acervo pessoal de livros, à empresa Memória Viva Pesquisa e Manutenção de Acervos Históricos**. Tá bom ou quer mais?

Esses são alguns dos questionamentos que eu gostaria que o Sr. Presidente esclarecesse, além de explicar como irá realizar o desenvolvimento do país, sem deixar de demonstrar que fórmula matemática irá usar para angariar fundos para cobrir o rombo que os representantes da democracia causaram e estão causando nos cofres públicos. Como disse muito bem Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, em seu post de 22/07 a corrupção anda de mãos dadas com a pobreza e a violência em um país. Sem corrupção, a distribuição de renda seria justa e o desenvolvimento do Brasil seria uma conseqüência.

Acredito que existe um motivo forte por que tantos jornalistas gastam seu tempo, suas idéias e neurônios em uma luta, que às vezes parece em vão, de divulgar a falta de vergonha, o cabide de empregos, o desvio de verba e toda a corrupção que assola o nosso país: Confiar que as pessoas, de tanto ver a mesma novela, de tanto dizer que “é por isso que eu não gosto de política!”, irão acabar percebendo que a mudança dessa história está nas nossas mãos, e que é possível sim, trocar o velho elenco por um novo e limpo.


*Deputado Edmar Moreira, não esqueçam esse nome, que, por sinal, foi absolvido pelo conselho de ética da Câmara pela acusação de mau uso da verba indenizatória ... mas isso não é mais notícia...)

** Tentei postar o link da página de prestação de contas do Senado, Senador por Senador, mas está fora do ar... fico devendo, faço questão de postar assim que retornar. Mas já adiantei aqui algumas informações, pois já olhei essa página bastante... vejam a página do Senado e Câmara, se habituem a dissecar a política brasileira, pois a alienação acerca da política está fazendo com que não haja mais vergonha e se divulgue as imoralidades amplamente.