É uma afirmação bonita e correta, não para o garotinho Scott Weiland é claro. Problemático, confuso, irascível, contraditório, viciado e imprevisível. Mas ainda assim genial e gigante em suas composições e performances, nessa miscelânea humana.
Como diria o psicanalista brasileiro Rubens Alves, “Ostra feliz, não faz pérola”. Em um de seus textos, Rubens Alves diz que a Ostra tem que se sujeitar a conviver com a dor da intrusão de um grão de areia em sua carne, para dar origem à cobiçada jóia perolada. E que como acontecem com as ostras, certas pessoas conseguem conviver com suas trágicas experiências e transformar sua dor em obras de arte. Não que a beleza suprima a dor, e nem é essa a intenção, a arte simplesmente surge naturalmente para tornar a dor suportável. E nós simples mortais, agradecemos a essa grande contribuição artística.
Seria Scott Weiland uma ostra?
Bom! Assim o classifico pelo poder magnífico de suas produções musicais, que nem sempre regulares, comprovam isso. Confesso do uso de suas experiências trágicas em suas produções, Weiland conta com várias pérolas em suas canções. Como já atesta o primeiro single do novo disco auto-intitulado da STONE TEMPLE PILOTS chamado “Bettwen The Lines”, que no refrão ele diz: “You always were my favorite drug Even when we used to take drugs”. Ou seja, o transtornado cidadão não consegue largar o torpe nem em suas letras!
Stone Temple Pilots é:
Scott Weiland – Vocal
Dean DeLeo – Guitarra
Robert DeLeo – Baixo
Pelo pouco analisado em uma curta audição do disco, arrisco dizer que será um dos grandes discos do ano, para quem interessar possa a Billboard gringa disponibilizou em seu site o disco na integra para ouvir, (clique aqui)
Fique com o vídeo da “Bettwen the lines”, tire suas conclusões ou dúvidas, ame ou odeie. E no final, quando só sobrarem pó e cinzas, agradeceremos por STONE TEMPLE PILOTS estar de volta aos palcos, e veremos se eles realmente aparecem por aqui, como já se comenta em blogs e sites.