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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A adoção da escravidão para aumentar lucros: em 2010? I can't believe!

Lendo na semana passada o blog da Lola, fiquei sabendo de uma notícia chocante: As Lojas Marisa terceirizaram a produção de peças de vestuário para uma oficina de trabalho escravo em São Paulo. O post dela é excelente, e por isso resolvi me inspirar nessa pauta (atenção, é inspiração, não é plágio!), pois é fundamental divulgar essa sacanagem que as Lojas Marisa fizeram, tanto com a humanidade quanto com a economia do país.
A notícia fonte é de 17/03/2010, da Agência de notícias Repórter Brasil, ONG que trabalha com pesquisa, jornalismo social, educação, combate à escravidão e outros aspectos para a construção de uma sociedade mais justa.
A ilegalidade toda foi descoberta pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP). As Lojas Marisa somam 43 autos de infração, com passivo somando R$ 633,6 mil. Dessa bolada, R$ 394 mil se refere à sonegação de FGTS.
A fiscalização encontrou uma pequena oficina em São Paulo onde trabalhavam 16 Bolivianos e 1 peruano, trabalhando em condições de escravidão na fabricação de roupas. Foram tiradas fotos de etiquetas das Lojas Marisa no local, e localizados papéis com anotações de termos como “passagens”, “fronteira” e “documentos”. As jornadas de Trabalho iam das 7h às 21h. As Lojas Marisa já haviam assinado um Termo de Ajustamento de Conduta celebrado com o Ministério Público do Trabalho em 2007. Imagina se não tivessem assinado.
O trabalho escravo é vergonhoso. As lojas Marisa, com essa postura, além de demonstrar desumanidade, largando seres humanos à total dependência e a condições degradantes, demonstraram que não se preocupam com a economia brasileira. Há quem diga o absurdo de que a escravidão ocorre porque a legislação brasileira engessa as empresas, e que os impostos são muito altos. Dizem ainda que, bem ou mal, empregos estão sendo oferecidos e a economia está girando. Você faz idéia do tamanho do patrimônio que os proprietários das Lojas Marisa e suas famílias terão, sei lá, até sua 20ª geração? E os trabalhadores escravos ou mesmo os trabalhadores efetivados das Lojas Marisa, em sua maioria, você acha que terminarão sua vida com que patrimônio? As Lojas Marisa não teriam condições de desempenhar um papel responsável no mercado brasileiro, uma postura de referência para as empresas, como sendo um bom local para se trabalhar?Aliás, qualquer porte que as Lojas Marisa tivesse justificaria o incentivo à escravidão, que é CRIME? A Oficina investigada também produziu roupas para C&A.
O que eu posso fazer é sabotar as duas marcas e não comprar nessas lojas mais. A escravidão é inaceitável. Mas, infelizmente, não tenho como saber quais outras lojas poderiam estar adotando essa prática dark. A solução é ficar ligado, e dar uma espiada quando possível no site do Repórter Brasil. Além disso, seria uma boa aproveitar a oportunidade de refletir um pouco sobre o consumismo e uma forma de darmos um equilíbrio ao impulso de compra.
Sugiro uma visita no site da Akatu, instituto excelente, que dá dicas poderosíssimas de redução do consumo e do lixo que produzimos, através da correta conservação de alimentos. Eles dão dicas de culinária que aproveita os restos de comida, entre outros toques excelentes.
Outra idéia que achei fantástica, e está me ajudando a rever conceitos de consumo de roupas, é o desafio lançado por duas amigas americanas: usar apenas 6 peças de roupa durante um ano. A campanha se chama Six Item or Less e já está conquistando adeptos de diversos lugares do mundo. O uso de acessórios e a combinação das peças provam que não precisamos nem de 1/3 do que compramos. Lógico que não cheguei ainda neste nível de evolução, mas já acho uma vitória pensar: “eu realmente preciso disso?” antes de entrar feito uma desvairada na loja só pelo cartaz que diz: “LIQUIDAÇÃO”. Faz bem para o mundo e para o meu bolso. Consumo: é um bom tema para um próximo post!

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